6.12.13

6.12.13

Ame. Garanto que irá amar.



De longe. De perto. Da direita. Da esquerda. No modo longitudinal horizontal ou transversal, o amor me parece tão extraordinário.  Gosto do mistério que lhe compõe, dos batimentos cardíacos acelerados que ele produz, e mais ainda da sensação aveludada que ele causa nos amantes. Amar é tão mais do que o que temos visto nos dias de hoje que, é fácil entender porque tanta gente sofre a todo tempo e despejam dores pelos dedos em alguma rede social do momento. Uns querem chamar atenção. Outros querem números. Outros acham que conhecem, mas a verdade é que poucos andam sabendo o que de fato é o amor. Poucos estão se enchendo do esplendor que é a ligação entre duas pessoas que dividem um mesmo sentimento sem receios, sem medos, sem restrições. E caramba, é uma pena que realmente poucos estejam aproveitando a sua juventude para amar de verdade. Nem precisa ser para sempre pô, só precisa ser de verdade. Por um tempo ou por uma vida. Afinal, o barato da vida é fazer um livro cheio de histórias ou com apenas uma que sirva até como roteiro de um filme.

Às vezes quando paro para pensar na janela do ônibus, ou olhando para o teto do meu quarto ou simplesmente quando leio esses websofrimentos, tenho a sensação de que o amor anda sofrendo mais do que os que dizem ser sofredores. Ele tem sido deletado aos poucos. Se isolado. Vive em posição fetal com a cabeça baixa. É que o amor ficou tão desvalorizado com o tempo que preferiu não mais insistir em quem não sabe amar. Deu lugar para a ilusão invadir e só aparece para aqueles que são sábios. Que são raros. Que não são rasos. Para aqueles que insistem e que sabem cruzar o caminho estreito sem doar “eu te amo” sem amar. Sem declarar ser o amor da vida de fulano, sem ser. O amor não gosta de palavras da boca para fora. E se engana quem pensa que o amor faz mal.

O que você sente pela sua mãe é o quê? Isso mesmo, amor. E isso te faz mal? Não? Então. O que faz mal é a falta de sabedoria, meus queridos leitores. O que faz mal é a afirmação dita sem ter certeza. A dúvida engolida. A infidelidade cortante e a falta de confiança agressiva. O que faz mal é a monotonia, a mesmice e o que se torna insosso. Não o bom e velho amor. Porque o amor é firme. É forte. É quente. É de verdade. É escandaloso. É diferente.

E, é claro que assim como no trabalho, na escola e em qualquer segmento da vida, quando o amor começa a nascer, os dedos negativos começam a andar em volta. Apontam. Cutucam. Apertam gatilhos. Mas só quem sabe ser de verdade consegue sentir o amor de verdade. É preciso ter muita habilidade para driblar o que te faz tropeçar. Mas relaxa que se você estiver disposto (a) a dar a mão para esse cara que está isolado em algum lugar dentro de você e garantir que vai senti-lo e dar valor de verdade, ele te dará forças e poderes e tudo o que lhe for necessário para dar uma bicuda nos obstáculos que aparecerem no seu caminho.

Então, antes de dizer que sabe o que é o amor e que ele não é algo bom, permita-se conhecê-lo de verdade. Aposto que sua opinião será diferente. Seu sorriso será diferente. Seu olhar será diferente. E a sua vida mudará de uma forma tão brusca, que até um banho de lama você levará numa boa, porque você sabe, o amor transforma até o que parece ser impossível em possibilidade. Então vai lá, começa a escrever esse teu livro de amor(es) e produz histórias que os teus netos irão adorar conhecer. Ame. Garanto que irá amar.

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Sobre o autor: Wesley Néry, mas de chamar de Wes. Tem 19 anos, nasceu, vive em Manaus, e sonha em bater as asas em breve. Canceriano, perfeccionista, sonhador e um ótimo ouvinte. Desabafa pelos dedos no Word ou em qualquer linha torta que estiver mais próxima apenas pelo prazer de brincar com as palavras.

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